A Carta Política na Sociedade de Controle

Autores

  • Vinício Carrilho Martinez Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil
  • Vinícius Alves Scherch Prefeitura Municipal de Bandeirantes, Bandeirantes, PR, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3671-3822

DOI:

https://doi.org/10.48159/revistadoidcc.v3n1.martinez.scherch

Palavras-chave:

Carta Política, Constituição, Sociedade de Controle, Poder Social, Reabilitação da política

Resumo

A Constituição não é uma Lei Maior, porque “uma” lei não é o que há de maior ou superior na história da Humanidade. Mas sim a condição de se fazer humano, se assim nos fazemos por meio da Política. A Carta Política pode estar contida na Constituição, mas é exatamente o que antecede a lei: é a Política que engendra a Luta pelo Direito. Se toda a luta emancipatória por direitos estiver na Constituição, então, afirmativamente como constituição da condição humana, a Carta Política expressará a Política que há na Constituição. Do contrário, a Constituição, como Lei Maior, será reserva de valor político e de mercado dos Grupos Hegemônicos de Poder.

Biografia do Autor

Vinício Carrilho Martinez, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil

Pós-doutorado em Ciências Humanas, Doutorado em Ciências Sociais e em Educação, Mestrado em Direito e em Educação. Graduação em Direito e em Ciências Sociais. Professor Associado da UFSCAR. Advogado.

Vinícius Alves Scherch, Prefeitura Municipal de Bandeirantes, Bandeirantes, PR, Brasil

Especialista em Direito e Processo do Trabalho e em Administração Pública. Graduado em Direito e em Gestão Pública. Pós-graduando em Direito Constitucional Contemporâneo no IDCC. Procurador Jurídico do Município de Bandeirantes-PR.

Referências

ADORNO, Theodor W. 1903-1969. Indústria cultural e sociedade. Seleção de textos Jorge Mattos Brito de Almeida traduzido por Juba Elisabeth Levy [et al.]. — São Paulo Paz e Terra, 2002.

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. Tradução de Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo, 2004.

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer o poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

ARENDT, H.A condição humana. Rio de Janeiro : Forense Universitária, 1991.

AGAMBEN, Giorgio Sobre a violência. Rio de Janeiro :Relume-Dumará, 1994.

AGAMBEN, Giorgio O que é política. Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 1998.

ARISTÓTELES. A Política. São Paulo : Martinez Fontes, 2001.

BAUMAN, Zygmunt. Vigilância Líquida. Rio de Janeiro : Zahar, 2013.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado, 1988.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Estado de direito. Lisboa: Gradiva Publicações, 1999.

CERVANTES, Miguel de. El cerco de Numancia. Madrid, Ediciones Cátedra, 1999.

COSTA, Nelson Nery. Ciência Política.3 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

Deutscher Bundestag. Lei Fundamental da República Federal da Alemanha. Tradução publicada pelo Departamento da Imprensa e Informação do Governo da República Federal da Alemanha, 1975.

FACHIN, Zulmar; SAMPAR, Rene. Teoria do Estado. 2 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade: a vontade de saber. Vol. 1. Rio de Janeiro : Graal, 1988.

HABERMAS, Jürgen. O conceito de poder em Hannah Arendt. IN : Sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais. Rio de Janeiro: Ática, 1980.

HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro. Tradução de George Sperber. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo, 2: sobre a crítica da razão funcionalista. Tradução: Flávio BenoSiebeneichler. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.

HABERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional – A sociedade aberta dos intérpretes da constituição: contribuição para a interpretação pluralista e “procedimental” da constituição. Tradução: Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2002.

HABERLE, Peter. El Estado Constitucional. México &Peru :Tarea Associación Gráfica Educativa, 2003. HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Multidão: guerra e democracia na era do império. São Paulo: Record, 2005.

HESSE, Konrad. A força normativa da constituição. Die normative Kraft der Verfassung. Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1991.

JAKOBS, Günther& MELIÁ, Manuel Cancio. Direito Penal do Inimigo: noções e críticas. Porto Alegre : Livraria do Advogado, 2005.

JELLINEK, Georg. Teoria General del Estado. México :Fondo de Cultura Económica, 2000. KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa : Edições 70, 1990.

LA BOÉTIE, Étienne de. Discurso da servidão voluntária ou o contra um. Comentários: Claude Lefort. Pierre Clastres e Marilena Chauí. Tradução: Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999.

MALBERG, R. Carré de. Teoría General del Estado. 2ª reimpressão. México :Facultad de Derecho/UNAM : Fondo de Cultura Económica, 2001.

MARTINEZ, Vinício Carrilho. A rede dos cidadãos: a política na Internet. Tese de doutorado. São Paulo : Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), 2001.

MARTINEZ, Vinício Carrilho. Estado de Exceção e Modernidade Tardia: da Dominação Racional à Legitimidade (anti) Democrática. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, UNESP/Marília, 2010.

MARX, Karl. As lutas de classes na França (1848-1850). São Paulo : Global, 1986b.

MIRANDA, Jorge (Org.). Textos Históricos do Direito Constitucional. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1990.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Além do bem e do mal: prelúdio para uma filosofia do futuro. Jenseits von Gut und Böse. Vorspiel einer Philosophie der Zukunft. Tradução: Márcio Pugliesi. Curitiba: Hemus, 2001.

RADBRUCH, Gustav. Introdução à Ciência do Direito. São Paulo : Martins Fontes, 1999.

SCHERCH, Vinícius A. A legitimidade das decisões políticas: uma análise à luz da democracia deliberativa de Jürgen Habermas. In: XXVI Encontro Nacional do CONPEDI em Brasília - Distrito Federal. Constituição e Democracia I. Florianópolis - SC: CONPEDI, 2017. p. 130-150.

SUNDFELD, Carlos Ari. Fundamentos de Direito Público. 4ª ed, 5ª tiragem. Malheiros Editores : São Paulo, 2004.

WEBER, MAX. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro : Zahar Editores, 1979.

WEBER, MAX. Sociologia. 4ª ed. São Paulo : Ática, 1989.

WEBER, MAX. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Vol I e II. BrasíliaDF : Editora Universidade de Brasília : São Paulo : Imprensa Oficial do Estado, 1999.

Downloads

Publicado

2020-08-20

Como Citar

Martinez, V. C. ., & Scherch, V. A. . (2020). A Carta Política na Sociedade de Controle. Revista Do Instituto De Direito Constitucional E Cidadania, 3(1), 135-154. https://doi.org/10.48159/revistadoidcc.v3n1.martinez.scherch