A relação entre os crimes passionais e a modernidade líquida
DOI:
https://doi.org/10.48159/revistadoidcc.v3n2.saliba.salibaPalavras-chave:
Crime passional, Frustração, Homicídio Passional, Modernidade líquidaResumo
O presente artigo cientifico tem por objetivo abordar as ideias do filósofo Zygmunt Bauman a respeito da Modernidade Liquida, e relacioná-las ao aumento constante das taxas dos crimes passionais. A partir do raciocínio de Bauman, no qual vivemos em uma sociedade do consumo, onde os sujeitos tornam-se objetos, aptos a consumir cada vez mais e renovar suas escolhas e aparências sempre que possível, além de serem incentivados pelos meios de comunicação em massa a consumir desenfreadamente, os indivíduos procuram incessantemente pela felicidade, e perdem a capacidade de lidar com a frustração. Analisa-se estudos de psicólogos e psiquiatras e chega-se à conclusão de que existe uma estrita relação entre os dois temas distintos. Em uma Modernidade onde a liquidez e a incerteza tomam conta, os indivíduos passam a não estar preparados a lidar com a perda e a frustração, inerentes de uma sociedade humana, isso faz com que a resposta à essas frustrações sejam muitas vezes, agressivas e inesperadas, causando diversos desastres, entre eles, o crime.
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